Passos desta caminhada. . . . . . Passos que se caminhados solitariamente possuem pequeno poder de transformação. . . . . . Caminhando com Empatia ==> www.caminhandocomempatia.com.br

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Feliz natal

Apesar do natal não possuir nenhum significado místico ou religioso para mim, a data do natal possui, e me passa, um forte sentido de confraternização e de introspecção. Culturalmente que seja, a data do natal me passa uma forte sensação de família, de confraternização, e de universalização de um compromisso social, que deve ser diário, mas que nesta data me força a repensar o que sou, o que gostaria de ser, e o que o mundo de mim precisa. Além disto sei que para muitos é uma data de cunho místico-religioso, e assim, respeitando meu sentimento realista e materialista de ser, e respeitando também o sentimento de fé de muitos, aproveito este momento para desejar um feliz dia de natal a todos, para nossas famílias, e para nossos amigos. Desejo também um 2015 cheio de boas realizações para todos. Torço para que nossa empatia pela vida de todos possa ser cada vez mais real e atuante, torço para que possamos crescer como seres sociais, e torço para que a sociedade possa mudar, pouco que seja, mas continuamente, com nossa individual mudança. E não podia deixar de dizer e sinceramente desejar, do fundo de minha alma mental, que aqueles que mais de nós necessitam, os abandonados, os excluídos, os perseguidos, os que sofrem das dores físicas ou mentais, da fome, da miséria, do descaso político, econômico e social, em especial para aqueles que olham para seus filhos e não percebem alternativas ou oportunidades para eles, que possam ter em nós, alguma fonte de respaldo, de apoio, de confiança, pois que estaremos lutando por eles, nos expondo e nos envolvendo em pleno compromisso de fazer desta sociedade um verdadeiro complexo social, humano e natural. Feliz dia de natal e um 2015 humano, social e natural.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Não sou bom no que escrevo

Não sou bom no que escrevo, e muito menos escrevo porque seja bom. Não sou bom e nem mau, ou melhor, horas sou bom, horas sou mau, mas escrevo o que gosto, por que gosto, escrevo o que sinto e o que gostaria de falar, escrevo não para agradar, muito menos para convencer, escrevo um pouco sim para provocar, e se o que eu escrevo fez pelo menos um parar e pensar, mesmo que nada tenha transformado, já valeu a pena ter escrito, pois que não é porque eu escreva ou sinta que seja o correto, porem o refletir já é um bom começo, mas em verdade é o que sinto e o que penso, por isso continuarei escrevendo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Nem sempre

Nem sempre faço o que gosto, nem sempre faço o que quero, muito pelo contrário, muitas e muitas vezes faço apenas o que posso, mas o importante é fazer o que possa, desde que o que eu possa esteja alinhado ao que seja preciso fazer pela dignificação do humano, pela humanização do social, e pela sociabilização da humanidade. 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Amor

Escutei hoje, em uma conversa, que aquele que verdadeiramente ama, se perde no amor aos outros. Pode até parecer provocação, mas eu ouso discordar, e entendo diferentemente, que aquele que verdadeiramente ama, se encontra no amor aos outros, se descobre enquanto ama os outros, se reforma pelo amor aos outros, se compromete pelo respeito aos outros, não importando necessariamente se estes outros reconheçam ou correspondam. 

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Inconvenientes


Inconvenientes e desumanos são todos aqueles que se aproveitando de momentos de fraqueza, dor, medo, ou de sofrimento de algum irmão em espécie, se aproximam deste para tentar catequizar ou converter, ao invés de simplesmente ajudar, socorrer ou minimizar o sofrimento deste irmão.

domingo, 23 de novembro de 2014

Sou louco


Sou louco

Sou louco, na louca medida que me faz aceitar e ser conivente com a realidade que aqui está.
Sou louco, na loucura ignorante de crer que não sou, em nada, culpado com o que aqui está.
Sou louco, na sã alienação dos que se creem acima ou fora da realidade desumana a que relegamos uma infinidade de irmãos em espécie.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Liberdade

Liberdade. Desafio? Não, Construção, busca, luta e respeito. Conquista, transformação e revolução. Liberdade responsável, sempre. Liberdade arbitrária e insensível, nunca. Liberdade implica em respeito humano, o que nos falta muitas vezes, assim buscar a liberdade sem antes nos transformamos por uma sociedade e uma realidade mais humana é se perder na busca de uma liberdade que é mero retoque do que pode ser, que é ilusão e ficção, pois acabará por se mostrar autoritária ou interesseira, defensora dos interesses pessoais ou corporativos. Liberdade requer crescimento humano e social, ou será libertinagem, irresponsável ou apenas alguma distorção falaciosa da verdadeira liberdade.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Contemplar


Se eu contemplo as promessas que a vida me fez, ou que não me fez, não contemplo nada. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Culpar as vítimas

Culpar as vítimas, como se elas fossem responsáveis pelo que sofrem, é coisa mais comum do que parece a primeira vista, principalmente quando não somos nós as vítimas. 

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Indiferente aos outros


Indiferente aos outros, somos reflexo de nossa falta de humanidade.

Indiferente aos outros, somos lodo desumano, somos rejeitos putrefatos de todos nós, onde cada vez mais nos atolamos e afundamos.

domingo, 2 de novembro de 2014

Longe de ser


Longe de ser o que deveria ser. Muitas vezes sequer sou o que poderia ser, sendo apenas o que sequer sei que sou.


quarta-feira, 29 de outubro de 2014

A sensibilidade do insensível

A sensibilidade do insensível reside basicamente em ser sensível consigo e com os seus, acreditando assim que é sensível por todos os outros, quando pelos outros, em especial os outros diferentes, distantes ou mesmo miseráveis, sobra apenas, ou quase sempre, a insensível sensibilidade, aquela sensibilidade meramente cognitiva, sem repercussão sincera e sensível pelo ser que deveria ser humanamente sensível. A sensibilidade do insensível é intelectual, muitas vezes fria e vazia, distante da responsabilidade e do compromisso mútuo, ela não é vivida, sentida, nem mesmo é ela transformadora de nosso ser, como uma sensível empatia humana.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A democracia que não resiste


A democracia que não resiste a tentação de sufocar educadas liberdades de expressão, ou que por outro lado se cale frente a formas ofensivas, estúpidas ou mesmo a formas de grosseiras ofensas e depreciações para com as minorias não é algo digno de se chamar ou de que chamemos de democracia.

domingo, 21 de setembro de 2014

Juventude atuante

Entre uma população pacata e uma juventude atuante, ousada, mobilizada e com certa dose de revolta, eu fico com a segunda. Sem atrito não há energia que revigora, sem atrito as soluções não são verdadeiras soluções e sim meras continuações ou imposições, mesmo que disfarçadas em democracia. Sem atrito não surgem as ideias que podem transformar e inovar. Sem atrito sincero, humilde e comprometido não é possível que ideias consistentes e aprofundadas possam aparecer.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

É uma pena


É uma pena que a mão de uma sincera e humana revolta possa ainda não ter chegado ao ponto de uma virada de rumo, ou que já tenha ela passado do ponto, e a sociedade por sua poderosa inércia, torna qualquer mudança de rumo como improvável. 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Alegria

Entendo por alegria aquilo que sinto em alguns momentos, enquanto não me lembro do sofrimento e do abandono social de muitos.


sábado, 30 de agosto de 2014

Longe de ser

Longe de ser minimamente perfeito, ou servir de referência humana e social para alguém, busco apenas aprender ou crescer como humano. 
Sei que vivo muitas contradições, várias delas talvez sequer tenha consciência que as realizo em meu viver, mas isto, por si só, não pode ser desculpa ou razão para me omitir, ou me esconder por detrás de alguma falácia de mim mesmo ou de máscaras do que não sou.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Crianças

Crianças, como não gostar? Como não sofrer com o abandono social a que muitas delas estão lançadas? Como conviver com a dor da ausência social que atravessa toda a infância destas crianças? Como não chorar, não só pelo sofrimento delas, mas principalmente pela inação, apatia e falta de empatia que não nos põem em caminho de revolta contra o que aqui está?

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Moral e consciência

Uma vez que a moral não é absoluta, não a encontraremos completa, plena ou finalizada dentro de nós, nem em livro ou revelação alguma. Entendo, e algumas pesquisas tem apontado para isto, que a “programação” básica de nosso circuito cerebral, geneticamente propõe alguns critérios básicos de moral e bem estar, mas no todo, ela é composta de coerência lógica, e racionalidade crítica para dar sustentação a uma vida coletiva digna e socialmente equilibrada para todos.  Não somos absolutamente uma tábula rasa em nada, e assim, também não o somos no tocante a uma moral e éticas básicas, que na média, estão presentes em nossa programação cerebral básica, simplesmente porque selecionadas como potenciais fatores na preservação da espécie e na possibilidade de compor uma maximização de sobrevida aos descendentes.  

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Fazer



Fazer o que se gosta é estar uno com o que se faz...
Gostar do que se faz, é estar um pouco mais perto da felicidade....

sábado, 2 de agosto de 2014

Ninguém conhece seu caminho por antecedência

Por mais que alguém se ache sábio, culto, ou intelectualmente bem preparado, ninguém conhece seu caminho completo por antecedência. Somente durante a caminhada, durante a realização do nosso viver, na experimentação real do nosso viver, em plena complexidade da realidade possível a cada instante, podemos ir construindo ou desbravando picadas e trilhas na floresta do possível, e assim nosso caminho começa a ganhar formas. Não há destino, não há caminhos antecipados, apenas há, apenas existe, apenas realizamos o nosso caminho a cada momento presente que logo vira passado. Podemos “olhar” para “trás”, para o passado, e ver o caminho que trilhamos, mas este era tão somente um dos quase infinitos caminhos possíveis, e sobre os quais a complexidade ia sucumbindo, se aniquilando em uma única realidade presente, que para românticos, ingênuos e sonhadores, pode até parecer algo pré-determinado, quando era na verdade a sobreposição de múltiplas causas que se interferiam, que se influenciavam, que se convertiam por aniquilação, alteração ou reforço em uma única realidade experimentada a cada instante.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Pensar, existir e viver


É lógico que se eu penso, existo, mas o que é relevante é que eu só penso porque existo, e eu somente existo, porque sou biologicamente vivo, então, se eu penso é porque vivo, e porque vivo posso pensar.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Esperando o breve


Esperando o breve, na ânsia do amanhã, na esperança do porvir e no despreparo para a morte final, caminhamos em breves momentos de alguma consciência coletiva como que em pleno desespero do que agora acontece, sem que os sonhos possam ser realidade.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

O sonho acabou?

Costumo ouvir que o sonho acabou. Acabou como? Sonhar é livre, pessoal, e ainda é secreto, e o será, pelo menos, pelo tempo que desejarmos. O que pode ter acabado, para alguns ou para muitos, é a esperança baseada em algum sonho, mas como já comentei diversas vezes, a esperança é um atalho natural para a desilusão, por isso opto por viver em plena desesperança de tudo. Sonho sim, é natural, é livre, é pessoal e secreto, mas não espero nada que não dependa de mim, e mesmo assim, daquilo que de mim dependa, tenho clara percepção que o caos da realidade que nos permite existir pode inviabilizar ou agilizar minhas atitudes e comportamentos pelo atingimento de qualquer coisa. Assim, por características pessoais, não costumo dar maiores valores aos sonhos, a não ser a beleza plástica, a emoção, e a motivação que sonhos podem nos dar. Não, não estou dizendo que não sonho. É claro que sonho, às vezes até demais. A diferença está no como tento lidar com os sonhos. Por viver na desesperança, não valoro o sonho, absolutamente nada, acima do que ele é, um sonho. Mas o sonho sendo pessoal nunca acaba, ou melhor, somente acaba quando deixamos de existir como seres pensantes.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Nem tão longe e nem tão perto


Nem tão longe que não possa participar, nem tão perto que possa incomodar, isto é também um pouco de amor, calibrar nossa interação com as pessoas que amamos.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Canto para a vida

Canto para a vida uma música do viver que desconheço, improviso, solo, crio, horas copio, mas canto a vida porque amo a vida, acima de tudo, em essência do viver e do salto que se fez biologia e mente. Mas troco a música do meu viver, a qualquer momento, se necessário for, pela vida e pela música do viver de meus filhos.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

164 milhões de pessoas com fome na América Latina

Republicação: Este texto foi publicado em "Ateu Racional" www.ateuracional.com.br em 07 de Março de 2014.

Em notícia publicada em 06 de Dezembro de 2013 por um jornal de grande circulação, apenas na América Latina, existem 164 milhões de pessoas com fome (27,9% de toda a população passa fome), destas, 68 milhões (11,5% de toda a população) encontram-se em situação de extrema pobreza ou indigência (estes termos não são meus), e a má notícia continua, o número total de indigentes cresceu. A notícia foi divulgada pela CEPAL, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Desmorona

Nosso mundo desmorona quando alguém que amamos também desmorona.

Nosso mundo desaba, cai ou precipita em dor quando alguém que amamos também tomba ou abate-se em dor ou em sofrimento. Mas por este alguém, por nós mesmos, pelo amor e pela empatia mútua, nos reconstruímos, e nos transformamos para superar esta dor, e recompor aquele que amamos. 

domingo, 6 de julho de 2014

Não adianta

Não adianta escutar com ouvidos de não querer ouvir. Não adianta querer experimentar, com sentido de não querer realmente sentir, de não querer conhecer, aprender ou provar. A vida é caótica, somos reflexo direto e indireto deste caos que nos deixou ser em um histórico que já deixou de ser. Somos a imagem distorcida do subjetivo de nosso ser, simplesmente porque sou o que sou, o que o inconsciente subjetivo me faz ser, sou enfim algo de quase nada de mim mesmo, se por mim mesmo penso ser o que creio que sou, pelo tudo que sou, sem ser ideal algum, sem ser rascunho de nada, de nenhum projeto, de criador algum, sendo apenas a imanência do ser mental de todos os seres que me fazem ser únicos, sendo, gostando ou não induzido pelo que é, sendo aquilo que a emergência de meu circuito neural me faz ser.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Lenda

Lenda (Texto escrito em 5 de dezembro de 2013)

Hoje me perguntaram por que não acreditava em lenda alguma. É claro que não acredito em lendas, elas não existem para serem criveis, apesar de algumas terem aparência de verdadeiras. Uma lenda não é necessariamente uma mentira, muito menos é uma verdade, ela é como toda e qualquer estória, algo para ser simplesmente apreciado.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A acumulação de capital faz da acumulação da miséria uma condição necessária

“Na proporção em que o capital se acumula, a situação dos trabalhadores, seja seu pagamento alto ou baixo, deve piorar... faz da acumulação da miséria uma condição necessária, correspondendo à acumulação da riqueza. Acumulação de riqueza em um polo é, portanto, ao mesmo tempo acumulação de miséria, do tormento do trabalho, da escravidão, ignorância, brutalização e degradação moral no polo oposto, isto é, no lado da classe que produz seu próprio produto como capital”.

sábado, 7 de junho de 2014

O meio social

O meio social onde uma criança nasce e cresce praticamente identifica e claramente define as oportunidades que elas terão ao longo do viver. É certo que exceções existem, mas no geral, ou fazemos algo para mudar esta situação, ou os excluídos tenderão a se manter com mínimas oportunidades. Será que isto é justo, maiores oportunidades para quem já tem as maiores vantagens da sociedade? Será que é justo tratar igualmente os tão socialmente diferentes? Creio então que temos que vencer as barreiras sobre as classes sociais para permitir mais oportunidades para aqueles que sobrevivem nas classes inferiores. Se a mobilidade social não acontece, ou quase não acontece, temos que agir pela inclusão social, não somente em nome de alguma mobilidade social, mas principalmente por uma igualdade social e por uma humanização social e pela socialização do humano.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Em minha juventude: Aflorar da decepção

Em minha juventude: Aflorar da decepção

Texto escrito em 15 de Setembro de 1979
O interessante neste texto é que ainda me vejo nele, apesar do termo “salvação” poder ter algum sentido místico. O tempo e a dinâmica do dia a dia me fizeram esquecer um pouco de como eu era naquela época, bem como ainda ingênuo quanto as autoridades do saber, não tinha ainda uma revolta crítica, onde esta revolta era com certeza muito natural da própria idade, mas mesmo assim já defendia uma posição ativa pela busca de uma dignidade humana e social, e contra toda repressão. Naquela época, via o social ainda de forma romântica, não percebendo como forte eram os preconceitos, e a opressão. 

Segue aqui o texto em sua versão original:

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Em minha juventude - Nós


Em minha juventude:    "Nós"

Alguém já deve ter dito, eu apenas resgato e reforço: “Creio que alguns não são o que podem, simplesmente porque não podem ser o que são, e não podem ser o que são simplesmente porque não são o que podem...

Texto composto em 30-03-1979

Nós somos o eu e o tu
O tu deveria estar com o ele
O ele deveria ser tanto o ele quanto o ela, estes ou aqueles
O ela pode estar com ele
Mas deve ser livre a escolha entre eles e elas, eles e eles, elas e elas
Onde o ele pode ser o tu
E o tu poderia ser o eu
Eu posso ser qualquer um***
Porem qualquer um nunca será o eu

Se você acha isto
Uma simples “loucura”
Pare e pense
Repense e se abra a procura
De você, com você, por todos, em todos e para todos.


*** => Hoje eu trocaria o termo “um” de lugar para “Eu posso ser um qualquer”, e não como está no original "Eu posso ser qualquer um", simplesmente porque entendo hoje que eu não posso ser qualquer um outro, posso ser tão somente um qualquer dos muitos que posso ser, da mesma forma que nenhum outro qualquer poderá ser eu. 

terça-feira, 20 de maio de 2014

Existe alguma chance


Se a loucura parece real.
Se a desumanidade, cada vez mais, parece natural.
Se a indiferença ganha espaço nas mentes e corações humanos.
Se a conivência e a omissão parecem coisas comuns.

Pelo menos ainda existe algo de bom.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Se a felicidade parece estar longe

Se a felicidade parece estar longe, ela pode realmente estar, mas no geral ela nunca estará tão longe que não possamos ter encontros, mesmo que fugazes, com ela. A maioria das vezes somos nós que a mantemos longe de nós mesmos, pois que naqueles momentos em que ela chega para pontilhar com alguma felicidade nosso sofrido viver, batemos a porta a sua chegada, mas é bem verdade também que o caos da existência, em alguns casos, parece conspirar totalmente contra. Mas a vida não conspira contra, pois ela não tem direção preestabelecida, infelizmente, a probabilidade, pequena mas possível, de que os eventos da sequência do viver estejam “envelopados” por sequências negativas, pode sim ser verdade para alguns, mas isto não é motivo para desistir de viver, ou se entregar a desumanidade. Também não adianta viver na esperança de que encontraremos a felicidade plena e eterna, ela é humanamente impossível, pela própria característica do viver, agravado mais ainda pelo estado desumano em que alguns irmãos vivem. Penso que somente seres alienados ou desumanos podem ser felizes enquanto outros irmão sofrem, e mesmo que alcancemos uma sociedade plenamente justa, social e humana, ainda sobrará a perda direta de quem amamos para, por algum tempo, nos retirar a felicidade. 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Viver

Por mais que tente ensaiar, viver sempre será uma apresentação real e de improviso. Mesmo que tente me manter nos bastidores da vida, por medo, fraqueza ou por pura opção, viver me colocará sempre no palco da realidade em uma eterna apresentação em primeira edição. Posso aceitar e realiza-la de bom grado, ou vou realizá-la de qualquer modo, com dor e sofrimento, a única opção é a morte, mas esta já é uma opção pré-formatada em nossa biologia, e muitas vezes apressada pelo caos do próprio existir. Por que antecipá-la ainda mais, se esta vida é uma realização de apresentação única?

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Merece chorar

Um povo que chora e nada faz, merece chorar e nada receber.

Um povo que chora e nada faz, merece a sociedade desumana e injusta que ajuda a manter.

Um povo que chora e nada faz, merece a opressão e exploração daqueles pelo qual ela não se revolta.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Para aquele

Para aquele que não consegue se ver nos outros, a humildade e a humanidade são meras composições fonéticas sem maior sentido.

Para aquele que não consegue ver o outro em si mesmo, o altruísmo e a compaixão são termos vazios de sentido humano.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Mais livre sou

Mais livre sou, quanto mais compromissado com o mundo humano, social e natural eu estiver.

Mais liberto sou, quanto mais comprometido com a vida estiver.

Libertário somente posso ser, no quanto esta liberdade respeite os outros, as diferenças e diversidades, e o direito a mesma liberdade por todos. 


Sou livre quando consigo caminhar independente, mas com empatia e sensibilidade por todos.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Liberdade absoluta pode ser perigosa


A liberdade absoluta pode ser perigosa, mas quando alinhada e aderente à responsabilidade pela vida e pela natureza, à diversidade de pensar e de escolher, ao respeito humano, e ao comprometimento pelo social, ela é natural, positiva e refrescante ao ser humano.

Como um rio

Como um rio serpenteio pela natureza, horas sou calmo, horas bravio, horas sou volumoso, horas sou profundo, horas sou raso, horas sou represado, e outras horas me lanço corajosamente em saltos majestosos, como um rio necessito da natureza, como um rio altero esta própria natureza que me serve de suporte, e como um rio sou também direcionado por esta mesma natureza, agora diferente do rio, que não possui capacidade de escolher seu próprio caminho, tenho parcialmente esta capacidade, posso com algumas limitações escolher a direção e o caminho a seguir, sendo assim, porque não tentar dar direção ao nosso caminho existencial?

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Simplesmente palavras

Palavra, eco do pensamento, murmúrio do sofrimento, tons da felicidade, ruído do sentimento, reflexo do ser que somos. Palavra, imagem que chega repleta de ideias, representação do que pensamos, sentimos, sofremos ou mesmo daquilo que amamos ou odiamos. Por que perdermos a palavra que ajuda e motiva a construção e a transformação, pela palavra que ofende, humilha ou desmerece nossa humanidade, ou mesmo pelo silencio da omissão. 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Nem antes e nem depois


Nem antes e nem depois, o agora já é suficiente para me mostrar o quanto estou afastado da humanidade que me deveria diferenciar como animal humano.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

A desumanidade

A desumanidade é algo cada vez mais tão natural, que já deixou de ser surpresa que não mais nos surpreenda viver em um mundo onde milhões de irmãos estão abandonados a sorte da miséria, da fome, do desamor, da exclusão social e da indignidade humana. Nossa sensibilidade humana e social parece cada vez mais adormecida, perdida entre nossas emoções e lutas, entre nossos interesses e vaidades, entre nossos prazeres e posses, entre nossa busca pela imagem social e nosso descaso pela imagem de miséria e fome que assola mais de 870 milhões de irmão no mundo.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Segredos


Talvez nunca conheça todos os segredos que escondo de mim mesmo, mas conheço alguns dos piores. A humanidade talvez seja apenas uma nuvem de fumaça para o que realmente eu seja, uma espécie de capa protetora que embaça a verdadeira sujeira desumana que bate fundo em meu ser, ou então eu jamais seria conivente com a realidade que aqui está. Mas em contrapartida posso me esforçar por chegar mais perto de alguma humanidade. Posso caminhar no crescimento humano, posso caminhar com empatia na descoberta real do que seja ser humano.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

A ética, a moral, o respeito humano, a empatia e o amor são naturais

A ética, a moral, o respeito humano, a empatia e o amor não são e nunca foram propriedades de religião alguma, ou de misticismo algum. Eles são naturais, mesmo antes de serem humanos, eles de alguma forma estão espalhados pela natureza animal, e chegaram até nós como item passado pela espécie comum que também deu origem aos chipanzés e bonobos. A pesquisa séria animal, percebe claramente, princípios de empatia, sensibilidade, comportamento afetivo-emocional, e  de algum comportamento ético social em várias espécies animais, entre elas os primatas de tamanho maior, elefantes e até mesmo entre golfinhos. Nossos primos irmãos, por um lado os chipanzés, e por outro os bonobos, possuem claramente nossas características emocionais de empatia, ajuda social, sensibilidade, negociação, e também, de agressividade, e luta pelo poder (nestes dois casos entre os chipanzés). Assim sendo, são atributos naturais. 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Bom senso e docilidade

Entendo, certo ou errado, que poucas coisas podem ser tão prejudiciais a vida social e a humanidade quanto pautar sua existência meramente no senso comum ou na forma simples e plana de conviver com os outros e com a própria realidade do viver, especialmente em sociedade. Entendo que a docilidade como objetivo não ajuda a transformar nada, entendo que a docilidade possa ser uma das formas de agir, mas nunca o alvo final de nada, que deve ser a transformação de nosso ser. 

sábado, 12 de abril de 2014

Somos sociais, somos empáticos, além de somente agressivos e competitivos

Entendo que Jean-Jacques Rousseau, com a denominação de “Contrato Social” tenha cometido pelo menos um equivoco clássico, totalmente passível de entendimento, pois se baseava em uma visão tradicional de que ao longo de nossa existência éramos seres independentes, autônomos, e que não precisávamos para viver, de mais ninguém, uma vez que nossa inteligência nos fazia acima da natureza e nos colocava como exímios caçadores-coletores. Entretanto, ao meu ver, ele errou radicalmente nesta interpretação, como erram e erraram ao longo do tempo, todos aqueles que assim pensam. Segundo sua linha de pensamento e argumentação, Rousseau achava que a opção por uma vida social, na busca talvez de alguma segurança maior, foi uma decisão intelectual e cognitiva, pois que nossa inteligência assim nos “mostrava” ser melhor e ser um caminho mais natural e seguro, que homens e mulheres decidiram abrir mão de algumas de suas liberdades em troca das vantagens de uma vida em comunidade, em sociedade. Este mito de origem, permanece ainda muito vivo entre alguns estudiosos de ciência política e em algumas faculdades de direito, e ele apresenta a vida social como um relacionamento negociado e não como um algo que tenha ocorrido naturalmente com nossa espécie ao longo do tempo e ao longo de nossa evolução (evolução esta que Rousseau não levou em conta).