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segunda-feira, 17 de março de 2014

O social e o individual


Entendo que o social deve ser mais importante que o individual, assim defendo que os interesses sociais, os direitos e bens sociais, devem estar sempre a cima dos bens e direitos individuais, mas defendo que a justiça esteja acima dos bens e direitos individuais ou sociais. 


Pode parecer antagônico, e sei que careceria de maiores detalhamentos e especificações do que seria realmente justiça, e para efeitos da simplificação deste texto me referirei apenas a justiça como a defesa da humanidade (da dignidade humana) em seu foco pessoal/individual, ou coletivo/social, que chamarei apenas como justiça social, e não necessariamente da justiça legal, que infelizmente entendo que em si está contaminada por interesses econômicos, políticos, religiosos ou mesmo corporativos. Assim, entendo que a justiça social e humana devem estar acima dos bens e dos direitos tanto individuais quanto sociais, pois indiretamente a entendo como um dos maiores interesses sociais, se não o maior, na defesa da dignidade humana e social. Nesta linha de pensamento, mantendo assim coerência com a proposição inicial, apesar de a justiça em si estar acima dos bens e direitos individuais ou sociais, ela em si, a justiça, deve responder a mesma estrutura lógica, sendo assim a justiça social mais importante que a justiça individual. 

Creio sinceramente que muitos me contradirão, e alguns até mesmo se sentirão revoltados com esta proposição pois entendem o direito legal individual como o alvo maior de toda a justiça, e alguns acreditam que o direito individual norteará a justiça social. Para estes tenho apenas a dizer que se for verdadeiro que toda a justiça individual refletir diretamente em uma justiça social, os dois estariam no mesmo nível e eu não teria discordância alguma com estes, mas infelizmente não é assim que vejo a realidade da vida, a justiça individual é muitas vezes cega à justiça social. Um “super” proprietário de terras teria a justiça individual de manter a posse sobre suas terras, mas a justiça social, para mim, diz exatamente o contrário. Como todo bem é finito, sempre que tenho algum bem, em especial se o tenho em larga escala, faltará este mesmo bem para muitos, assim este “mega” latifundiário hipotético perderia o direito individual sobre parte de sua propriedade, em nome de uma justiça social, para dividir e assentar famílias nesta mesma terra. Situações injustas socialmente, como esta, em minha visão ocorre de muitas formas, algumas que chegam a ser grosseiras, e outras que acontecem de forma mais sutil, de difícil percepção, mas em todas elas sou francamente defensor que a justiça social seja mandatária sobre a justiça individual. Que me perdoem os especialistas em justiça e direito, se o termo justiça para eles tem cunho meramente legal. 

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