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segunda-feira, 17 de março de 2014

O que é a vida?

O que é a vida, ou o que seria a vida?
Uma pergunta mínima, mas de um impacto enorme sobre nossas ações. Uma pergunta que parece simples, afinal todos nós nos cremos capazes de identificar seres com vida e distingui-los dos seres inanimados, mas de resposta formal complexa.


Não me refiro a vida apenas em seu conceito filosófico, nem a uma possível, mas improvável (para mim) vida espiritual. Não me refiro também ao viver, ou ao ato de realizar a vida, mas sim a vida em si mesma. Refiro-me realmente a vida física, química e biológica. Dependendo da resposta que dermos a aquela simples pergunta, poderemos incluir como vida, algo robótico, o próprio vírus, a vida eletrônica, a vida por softwares e outras mais exóticas ainda, não que esteja por definição removendo estas do que possa ser vida, mas teria que incluir algo mais do que a biologia como definição básica de vida, e quem sabe não é isto mesmo que acontecerá ao longo do tempo, se não nos destruirmos em nossa caminhada. Talvez uma vida primariamente biológica seja um preconceito que nos limita a interpretação do que seja vida, ou talvez seja a biologia a única correta definição para possibilitar vida. Naturalmente penso em vida como algo biológico, mas quem falou que sou dono da verdade, ou que detenho competência e conhecimentos multidisciplinares para garantir uma resposta completa e definitiva?

Responda você, para você mesmo. Não é preciso defender em público sua posição. Desta forma não tenha medo e nem vergonha, não quero saber sua resposta, mas ouse responder sinceramente. Mas afinal, o que é VIDA para você?

A minha resposta, de forma simples, visando apenas abrir a discussão e não me omitir em expressar minha opinião, seria algo como: Todo e qualquer ser material (incluindo desta forma a possibilidade de algum tipo específico de vida energética, que hoje desconhecemos, e que possa nos parecer absurda), que seja capaz de manter algum tipo de reação físico-química não sustentada, no ambiente livre, de forma natural, pelo único escopo da química comum, mas sempre mantida esta reação por meios próprios, consumindo assim algum tipo de energia. Deve realizar estas transformações naturais, mas que não ocorrem ou que não são sustentadas de forma livre e comum em nosso meio ambiente natural, sem ação externa, por meios próprios, mas que pode e geralmente deve aproveitar eventos externos como parte de sua sustentação das reações e transformações que deve sustentar.

Assim, excluo, por enquanto pelo menos, estando aberto a mudanças futuras, quaisquer tipos de maquinário puro com ação externa, como parte do que seja uma vida. A minha definição de vida pode, ou não, incluir a reprodução natural, mas com certeza inclui alguma possibilidade de adaptação, seleção e evolução. O importante em minha definição é que a vida, como creio, sempre incluirá algum tipo de transformação não sustentável comumente em nosso meio ambiente, transformações possíveis e garantidas pela química e pela física, mas que em nosso meio ambiente não ocorrem de forma natural, pois outras reações acabam tendo maior capacidade de ocorrerem primeiro.

Por esta definição, em algum momento do futuro, poderemos incluir vidas eletromagnéticas, desde que reajam e sustentem estas reações, por meios próprios, permitindo algum nível de adaptação e evolução.

Uma resposta mais técnica, e aceita mais comumente, poderia ser: 
São sistemas (termodinamicamente) abertos, pois recebem do exterior matéria e energia (sob diversas formas) e rejeitam matéria e a energia (sob outras formas) para o meio exterior, sendo sistemas dotados da capacidade de transformação das moléculas captadas no exterior, noutras que lhes são próprias e necessárias, eliminando as que lhes sejam prejudiciais. São assim sistemas moleculares complexos e tendencialmente ordenados, que contrariam localmente (pelo menos em parte, e por isto necessitam consumir energia) a 2.ª lei da termodinâmica. Podem reproduzir-se, dando origem a réplicas semelhantes (não necessariamente iguais), dotadas de idênticas capacidades. São sistemas que, em termos populacionais ou individuais, evoluem, isto é, mudam gradualmente de estrutura, adquirindo eventualmente novas funções.

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