Passos desta caminhada. . . . . . Passos que se caminhados solitariamente possuem pequeno poder de transformação. . . . . . Caminhando com Empatia ==> www.caminhandocomempatia.com.br

sábado, 24 de janeiro de 2015

SOU

Sou um viajante míope de mim mesmo, um cego impetuoso que acredita ser racional, um caminhante trôpego e muitas vezes apressado daquilo que não sei sequer se sou, um desbravador de minhas múltiplas impossibilidades, sou um aventureiro que ousa se esconder de si mesmo por não saber suas potencialidades e nem suas complicações, um prepotente que muitas vezes se omite enclausurado em sua própria vaidade. Das possibilidades, sou um prematuro humano. Das capacidades sou um reles irresponsável. Das probabilidades sou um incompleto e insensível ser.
Sou animal, sou fatal, sou um quase nada, mas sou eu, com todos os “eus” que me compõem.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Humano??? Eu???

Sou um “arquétipo” de ser humano, mas de real humano tenho muito pouco. Sou comum, e o comum aqui nada tem do que deveria ter de comum, uma comum humanidade já que sou humano, ou deveria sê-lo, sou comum, no vulgar de comum quase desumano, de um comum que se perde na mistura de desumanidade que assola muitos, e sendo este tipo de comum, que deveria ser incomum, sou um quase nada humano. Aproximo-me muito de uma falácia humana. Sei razoavelmente o que é certo, pelo menos acredito sabe-lo, creio entender razoavelmente o que é ser humano, entendo perceber razoavelmente a transformação que a sociedade deve sofrer, e a que eu devo realizar em mim mesmo, e na sociedade, para tirar a sociedade da inércia atual, mas na prática, quase nada faço de ousado neste sentido.  Compreendo razoavelmente o que pode dignificar a vida, intuo razoavelmente o quanto devo valorizar a vida em toda a sua essência, e não apenas a vida humana, ou a minha vida e a dos meus, concebo razoavelmente o quanto devo me expor pela maximização da felicidade social, mas infelizmente, na prática, sou omisso, sou um ser que preza por uma inação resignada pelo que aqui está, e assim não sou digno de ser qualificado como humano. Humano eu? Um dia quem sabe, mas que este dia não seja tarde demais.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Crianças perdidas no tempo

Crianças perdidas no tempo, largadas ao relento, abandonadas sem contento, não tiveram a sorte de um passado, não tem o respeito humano de um presente, e talvez, quase certo que, não terão a benevolência natural de um futuro digno de crianças, de jovens, de adultos e de idosos. Estas crianças quase se confundem com o nada, quase passam como transparentes ao nosso viver, muitos de nós apenas nos lembramos delas quando elas se interpõem “perigosamente” em nosso caminho ou de nossos filhos, pois as ignoramos como se a realização de suas vidas não fosse também nossa responsabilidade. Estas crianças, mesmo quando as vemos excluídas, não as percebemos como crianças, iguais aos nossos filhos ou iguais aos filhos dos nossos, ou iguais a seres humanos, mas em nome de uma segurança, em especial que as retire de nosso caminho, estamos abertos a reduzir a idade penal, a interna-las ou mesmo a eliminá-las. Como me revolta a falácia da segurança pública como sendo um estado de retirada do nosso meio de mais crianças abandonadas, e não de uma segurança pública que passe realmente pela inclusão social e pela dignificação de uma infância no preparo de um ser humano.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A pior verdade é aquela que nos mostra como somos, nus e crus

A pior verdade é aquela que nos mostra como somos, nus e crus. Esta verdade machuca e incomoda demais pois que derruba nossas máscaras, tornando público o que somos, destruindo a falaciosa imagem que construímos do que gostáramos de ser, do como gostaríamos que os outros nos vissem, e do como acreditamos que o mundo nos preferisse ver. Quantas amizades construímos por interesses, quanta caridade fizemos apenas por vaidade com aquilo que sobra ou que não mais nos interessa, quantas vezes passamos ao largo de qualquer empatia ou sensibilidade pela dor do semelhante, quantas vezes fomos desumanos ou prepotentes nos achando maiores e melhores que muitos outros, quantas vezes fomos omissos simplesmente porque não nos incomodava diretamente o sofrimento que víamos ou que tínhamos conhecimento.  


A pior verdade é aquela que nos mostra como somos, nus e crus.